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segunda-feira, 14 de março de 2011

Os sete segredos das pessoas que oram - (Atos 2.12-14)

Normalmente encontramos pessoas que depois de algum tempo dentro da igreja desaprenderam a orar. Ou melhor, aprenderam a viver sem oração. São pessoas que não veem tanta importância na oração, pois vivem sem buscar e sem depender de Deus. Os afazeres do dia-a-dia, a secularização imposta pelo mundo, à presença de pecados não confessados e a frieza espiritual são as principais causas para que um crente abandone a oração.
Felizmente ainda existem pessoas que não abrem mão de sua vida devocional. Acordam mais cedo pra orar, vencem a tentação da TV e da internet, superam o cansaço e o ativismo e conseguem dá prioridade a oração como prática indispensável para uma vida cristã abundante e vitoriosa. Qual o segredo das pessoas que oram nesses dias de apostasia?
Entre a ascensão e o dia de pentecoste um grupo de 120 pessoas – incluindo os apóstolos e algumas mulheres – permaneceu em Jerusalém numa longa reunião de oração. Eis aqui alguns segredos que acompanham as pessoas que oram.

1)     O segredo do lugar – Pessoas que oram separam um tempo e um lugar para a oração (v. 12).
O texto em discursão nos mostra que os discípulos procuraram um lugar afastado, tranquilo e favorável à oração. A questão do lugar tem grande influência à prática da oração. Uma casa cheia de gente, sem privacidade é um desserviço à oração. Na Bíblia o lugar da oração é um princípio importantíssimo. Jesus nos ensinou a orar na intimidade do quarto (Mt 6.6). O próprio Jesus quando queria orar procurava os lugares desertos, afim de que pudesse ficar a sós com o Pai (Mc 1.35; Lc 4.1-2).
O segredo das pessoas que oram é que depois de estabelecer uma rotina, a oração se torna um hábito, parte intrínseca da vida cotidiana. Pessoas que oram são pessoas que não sabem viver um só dia sem oração. Seu coração tem sede pelo Deus vivo (Sl 42.1,2).

2)     O segredo da intimidade – Pessoas que oram desfrutam dos benefícios e virtudes de uma vida íntima com Deus (v. 13).
Na lista das pessoas presentes naquela reunião de oração, os três primeiros nomes são os de Pedro, João e Tiago. É importante observar que isso não acontece por acaso. Durante o ministério de Jesus aqui na terra, são eles os discípulos mais próximos e mais íntimos do nosso Senhor. Há pelo menos três ocasiões especiais que somente eles estavam com Jesus: Na transfiguração (Mt 17.1-2), na pescaria milagrosa (Lc 5.8-11) e no getsêmani (Mc 14.32-33). Observe que esses foram momentos muito especiais de glória, milagres e sofrimentos na vida de Cristo.
Logo, após o pentecoste, Pedro, João e Tiago vão formar o núcleo forte da igreja. A explicação é simples, Deus sempre usa e abençoa espiritualmente as pessoas que desfrutam de mais intimidade e que tem mais prazer de buscar sua presença. Na parábola dos talentos quem melhor exerce a mordomia dos dons, mais talentos lhe são confiados (Mt 25.21). Por outro lado, o negligente é penalizado, pois até o que tem lhe será tirado (Mt 25.28-29).

3)     O segredo das promessas – Pessoas que oram tem senso de urgência em ver as promessas de Deus se cumprindo (At 1.4).
Cristo havia prometido o derramamento do Espírito, e com base nessa promessa os discípulos são motivados a orar. Quem confia nas promessas de Deus sabe que a oração é o meio que o próprio Deus estabeleceu para concretizá-las. O crente que se apropria das promessas de Deus por meio da fé, ora com toda urgência e ousadia (Hb 4.16), sabendo que a qualquer hora Deus transformará promessas em realidade.
A confiança nas promessas de Deus é o segredo do pastor que ora pela transformação de sua igreja, da mãe que ora pela salvação dos filhos, da esposa que ora pelo esposo e para que toda casa sirva ao Senhor. É o segredo dos que não se conformam com uma vida espiritual medíocre, pois o Senhor prometeu uma vida cheia do Espírito e de toda plenitude de Deus (Cl 1.9-11).

4)     O segredo do ciclo espiritual – Pessoas que oram experimentam um ciclo abençoado em que causa e efeito se confundem (v. 14).
A oração conduz ao avivamento e o avivamento conduz a oração. Num primeiro momento a igreja ora por avivamento (v. 14). Posteriormente ao avivamento à igreja ora por que está avivada (At 2.1,46-47). Em Atos 4.24-31, a igreja ora por mais avivamento, e tendo sido outra vez revestida de poder, todos se levantam para pregar com ousadia.
Precisamos orar para que Deus produza no meio de nós um extraordinário ciclo de bênçãos em que não haja divisória entre causa e efeito. Necessitamos de um ciclo de bênçãos que promova oração e avivamento, avivamento e evangelismo, evangelismo e conversão, conversão e santidade, santidade e avivamento...

5)     O segredo do coração sensível – Historicamente são as mulheres as pessoas mais sensíveis a Deus (v. 14).
Lucas faz questão de registrar a presença de algumas mulheres nessa reunião de oração. Seja na conversão, seja na oração, as mulheres sempre se destacam como pessoas mais inclinadas pra ouvir a voz de Deus. É muito comum encontrarmos mulheres crentes cujos maridos se recusam converter-se a Deus. As moças também são mais dadas à religião do que os rapazes. Isso se reflete nas reuniões de oração. As reuniões de oração de uma igreja são predominantemente frequentadas pelas mulheres.
Concluímos que pessoas com um coração mais sensível a Deus são aquelas que dedicam mais tempo à oração. Assim sendo, espera-se que as mulheres façam jus a sua história e a sua própria constituição psicológica e que sejam mulheres de oração.  Que os homens por sua vez aprendam com as mulheres e descubram que oração é uma bênção de Deus, sem distinção de sexo ou de idade, pois, trata-se de uma dádiva do Senhor a todos que almejam desfrutar da Sua comunhão.

6)     O segredo da prioridade – Pessoas que oram, aprendem a priorizar as coisas de Deus (vs. 14,24).
O segredo das pessoas que oram é que antes de orarem por desejos e vontades egoístas (Tg 4.2-3), elas oram pelas coisas do reino de Deus (Mt 6.10,33). Durante os dez dias que separaram a ascensão de Cristo do dia de pentecoste, os discípulos oravam por duas coisas, ambas concernentes ao reino de Deus. Oravam pelo derramamento do Espírito (At 1.8,14) e pela missão, isto é, pela escolha de outro apóstolo para substituir Judas Iscariotes que havia apostatado (v. 24).
Isso nos ensina que a igreja deve sempre orar por avivamento e submeter suas decisões e escolhas a Deus em oração. A igreja reconhece que a verdadeira decisão vem do Deus que inclina os corações. Assim sendo, a igreja deve orar pela escolha dos seus líderes, oficiais e pastores e não fazer valer sua vontade sobre nenhuma matéria de ordem eclesiástica.

7)     O segredo da perseverança unânime – Pessoas que oram com intensidade e em unidade jamais ficam no meio do caminho (v. 14).
Para Calvino a perseverança e a unidade são características essenciais da verdadeira oração. Perseverança significa está ocupado com algo, significa insistir e persistir até que o alvo seja alcançado. Por unânimes, podemos nos referir a duas ou mais pessoas reunidas num mesmo lugar, fazendo a mesma coisa e desejando uma só coisa. A comunidade ali constituída de 120 pessoas persevera no mesmo lugar, por exatos dez dias, esperando o derramar do Espírito como único alvo.
Uma igreja que vive unânime em oração (4.24) é uma igreja unânime em suas decisões (15.24,28). Pois, de nada adianta o crente orar unanimemente com outros e na hora da decisão ser intolerante e querer fazer prevalecer a sua vontade.

Conclusão:
Que a Igreja Congregacional em Estância seja uma igreja que pratica os segredos das pessoas que oram. Que crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres; líderes e pastores sejam pessoas que aprendem a priorizar a oração como caminho de Deus para seu povo.
Que o Espírito nos leve a orar por avivamento, certos de que avivamento nos conduz a oração.

No amor de Cristo,

Pr. Aurivan Marinho